Um dos motivos do financiamento imobiliário ser muito buscado é pela boa acessibilidade para grande parte da população brasileira. Mas será mesmo que todo mundo consegue financiar um imóvel?
O financiamento de imóvel é uma das maneiras mais utilizadas pelos brasileiros para aquisição da casa própria. Mas há um passo a passo que todos devem respeitar para que esse sonho não se torne um pesadelo. Como, por exemplo, a escolha do financiamento adequado ao seu perfil, requisitos econômicos a serem comprovados e documentação a ser entregue.
Separamos os principais tópicos sobre financiamento de imóvel para que você possa iniciar sua jornada da maneira mais tranquila possível. Vamos ao texto?
Vale a pena financiar imóvel em tempos de crise?
Assim como para os mais diversos investimentos ou compras de bens, o momento de crise gera muitas dúvidas na cabeça do comprador. Mas há algumas regrinhas básicas que podem garantir mais confiança na hora de financiar um imóvel. Por exemplo:
- Reservar uma quantia considerável para dar uma boa entrada, pelo menos 30% do valor total imóvel, irá ajudar na redução dos valores das parcelas seguintes.
- Ter em mente que não poderá comprometer mais do que 30% dos seus rendimentos mensais com as parcelas do financiamento do imóvel.
- Ter bem claro o tempo total do financiamento, e saber que isso deve estar atrelado a outras aquisições, comprometendo-as, ou não.
- No planejamento, levar em conta a sua estabilidade econômica, e se há um fundo de reserva para garantir qualquer percalço durante o tempo do financiamento.
- Compreender que, nem sempre, você conseguirá arcar com as parcelas – seja por motivo de desemprego ou algo semelhante… Por isso, tenha um “plano B”.
Indicadores do mercado
Apesar do momento de crise que vivemos nos últimos anos, um cenário promissor tem surgido no que diz respeito ao crédito imobiliário. Segundo o estudo da Datastore, em 2021, a casa própria continuou sendo o grande sonho de consumo de mais de 13 milhões de brasileiros.
Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica da economia, Selic, para 9,25% a.a., conforme o relatório do Banco Central. A estimativa para o término de 2022, é de 11,25%. Esses números podem gerar algumas oportunidades, como veremos a seguir.
As sucessivas altas da taxa Selic vêm corroborar com a adesão a financiamentos imobiliários que estão sendo ofertados pela Caixa.
Quais os sistemas de financiamento de imóvel?
Os novos movimentos da Caixa Econômica Federal, devem gerar mais oportunidades para os interessados em financiamento. A Caixa oferece atualmente diferentes modalidades de financiamento habitacional, dentre elas destacamos:
- Crédito imobiliário com taxa de juros fixa;
- Crédito com correção pela Taxa Referencial (TR);
- Financiamento corrigido pelo IPCA;
- E o Crédito Imobiliário Poupança Caixa.
Os modelos de financiamento imobiliário se distinguem entre si. Sendo assim, conheça mais detalhes sobre as modalidades que podem ser interessantes para esse cenário econômico:
Crédito imobiliário com taxa de juros fixa
Essa modalidade é uma alternativa para as famílias que buscam financiar seu imóvel já sabendo quanto vão pagar da primeira até a última prestação. As taxas de juros variam entre 9,75% a.a. efetiva e 10,75% a.a. efetiva.
Crédito com correção pela Taxa Referencial (TR)
Nessa modalidade de empréstimo, as famílias podem financiar seu imóvel utilizando a Taxa Referencial (TR). Ela funciona como dispositivo de atualização do saldo devedor do contrato. Esse modelo de financiamento é o mais tradicional do mercado, oferece taxas de juros que variam entre TR + 8,00% a.a. efetiva e TR + 8,99% a.a. efetiva.
Financiamento corrigido pelo IPCA
Essa modalidade para financiar seu imóvel utiliza o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como fator de atualização do saldo devedor do seu contrato. Atenção, as taxas de juros variam entre IPCA + 3,95% a IPCA + 4,95% a.a. Em tempos de inflação alta, é preciso tomar cuidado e analisar os cenários econômicos antes de embarcar nessa.
Crédito Imobiliário Poupança Caixa
Aqui o financiamento do imóvel tem sua taxa de juros atrelada ao rendimento da Poupança. Porém, acrescido de uma taxa fixa que pode variar conforme perfil do tomador de crédito.
Essa modalidade é um produto pós-fixado em que a Taxa Referencial (TR) corrige o saldo devedor dos contratos, não compondo a remuneração de juros cobrados mensalmente.
Essas taxas de juros são compostas pela variação do índice da Poupança Caixa + parte fixa que varia de 2,95% a 3,79% a.a. , com um teto para o caso o rendimento da Poupança subir. Ou seja, é um dispositivo de segurança que possibilita pagar parcelas e juros menores quando o juro da poupança estiver menor.
Vale ressaltar que, a variação da poupança é calculada da seguinte forma:
- 70% da Selic, quando a taxa for igual ou menor que 8,5% a.a.
- 6,17% ao ano, quando a taxa Selic for superior a 8,5% a.a.
Documentação exigida pode variar bastante
Cada sistema de financiamento, poderá definir a lista de documentos exigida dos clientes. Uns serão mais criteriosos, outros menos. Essas exigências podem variar de acordo com o seu perfil. Para os funcionários públicos são pedidos documentos distintos daqueles profissionais que trabalham na iniciativa privada – idade, aquisições anteriores com o mesmo banco, e fatores internos da instituição.
A Caixa disponibiliza uma relação dos documentos nesse link. O ideal é você definir qual linha de crédito irá optar e depois, buscar informações sobre a documentação, mas ciente de que será necessário comprovar renda compatível, estar em dia com as obrigações legais, inclusive eleitoral, não ter o “nome sujo” ou protestado, etc.
Há um limite de idade?
Além da documentação, há outros detalhes importantes que são observados pelas instituições financeiras. Um deles diz respeito à idade. Seguindo parâmetros da Superintendência de Seguros Privados, a pessoa que vai financiar um imóvel pode ter o pedido recusado caso sua idade, somada ao prazo de financiamento, supere 80 anos e seis meses.
Assim, uma pessoa com 60 anos pode não conseguir entrar em um financiamento de 30 anos, pois a soma daria 90 anos. Portanto, fique atento!
E se as parcelas do financiamento não forem pagas?
Se as parcelas do financiamento do imóvel não forem pagas, a instituição financeira pode entrar com uma ação judicial para requerer o imóvel, que pode ser leiloado. O valor levantado no leilão será utilizado para pagar a dívida do financiamento e custas judiciais, o restante fica com o consumidor.
Já em caso de atrasos pontuais mensais, deve-se ficar atento, pois há multas e outros encargos que podem ser acrescidos ao valor da mensalidade.
Assessoria na hora de financiar um imóvel
Com tantas regras e pormenores em jogo, o envolvimento de uma assessoria especializada é fundamental para que tudo saia da maneira correta. O processo envolve não só a coleta de documentos, mas também encontrar o imóvel ideal. Assim como fazer a verificação do imóvel para saber se ele pode ser financiado. Além disso, é necessário fazer o acompanhamento de todo o processo, que não se limita à liberação dos valores.
Por isso, os corretores da Imobiliária Tropical vão ajudar a fazer uma simulação financeira para você saber os detalhes sobre prazos e condições de pagamento.
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