Com a pandemia que afetou diretamente a economia de todo o mundo, muitos perderam seus empregos nos mais diversos setores. Se por um lado perder a renda mensal já é um problema, o cenário futuro para quem tem dívidas para pagar é também um complicador
Nesses casos, a situação fica ainda mais complicada para quem comprometeu parte de sua renda mensal em custos fixos, como o financiamento de imóvel, por exemplo.
Os contratantes avaliam as incertezas do mercado e não garantem recontratação em um prazo curto de tempo.
O que fazer neste momento? Quais alternativas podem ajudar sem que a dívida cresça rapidamente e você não tenha como pagar?
Vamos tratar do assunto neste artigo, o que fazer quando perde-se o emprego e há um financiamento de imóvel a ser pago todo mês. Confira a seguir. Boa leitura.
Taxas de desemprego no Brasil
O Brasil tem apresentado números preocupantes na sua taxa de desemprego, muito em virtude da pandemia e do pessimismo da economia nacional. Estes dados são importantes para entendermos como o financiamento de imóvel tem também ganho cada vez mais inadimplentes.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os valores registrados entre os últimos meses de 2020 e os primeiros meses de 2021 revelam cerca de 14,4 milhões de pessoas desempregadas e que buscam se recolocar no mercado formal. Se formos comparar com o mesmo período 12 meses antes, houve um acréscimo de 2 milhões de pessoas na mesma situação.
Porém, não é só no número de desempregados que podemos verificar a crise que o Brasil passa. Mas também na oferta de estabilidade financeira para as pessoas. A falta de oportunidades também cria um perfil de pessoa em idade ativa que segue com números ascendentes, os que deixaram de buscar novas chances no mercado formal.
Ainda de acordo com o IBGE, no período de um ano da pandemia no país, quase 8 milhões de postos de trabalho foram extintos.
Prioridades ao contratar um financiamento de imóvel
Antes de mais nada, é preciso levar em conta a importância de realizar um financiamento imobiliário, ainda mais se as parcelas a quitar podem levar décadas a terminar.
Um planejamento financeiro é fundamental para ter segurança e tranquilidade em todo o processo de aquisição do imóvel financiado. Leve em conta a duração do financiamento e as taxas a pagar. Além da porcentagem da sua renda mensal que será comprometida para isso. E até mesmo os imprevistos que podem acontecer.
E certamente perder o emprego deve estar na sua lista de análise. Imaginar o pior cenário pode garantir tomadas de decisão mais assertivas no futuro.
Ainda assim, há alguns pontos que devem ser pesquisados antes de fechar um contrato de financiamento de imóvel e que mostram os direitos de quem perde sua renda mensal.
Em casos de acordo com um banco, há que se verificar as possíveis negociações quando ocorre inadimplência.
Veja também o modo como utilizar o seu FGTS no financiamento de imóveis e como podem garantir segurança para a operação.
Além disso, pode estar previsto em contrato o congelamento de parcelas a serem pagas mediante determinadas regras.
Já o fundo garantidor, comum nos acordos do programa Minha Casa Minha Vida, é um seguro obrigatório presente no contrato de financiamento de imóvel.
Há ainda seguros vendidos à parte pelos bancos que podem facilitar toda a jornada durante o financiamento do imóvel.
Negociação com o banco
Caso aconteça a perda do emprego e um financiamento imobiliário faz parte dos gastos mensais, a primeira sugestão é iniciar uma conversa com a instituição em que o acordo foi firmado.
Para cada banco há propostas diferentes e que podem ajudar neste momento difícil.
Primeiramente é preciso comprovar que não possui condições financeiras de arcar com o valor do financiamento. Porém, vale ressaltar que o banco tem o direito de negar o pedido de revisão do contrato, seus valores, prazos e taxas a pagar.
Há ainda a possibilidade do caso ser levado à esfera judicial, em que entende-se que 30% da renda familiar não pode estar comprometida com a parcela do financiamento.
Os bancos podem ofertar também seguros prestamistas, alheios ao contrato firmado do financiamento.
Esta modalidade pode assegurar o pagamento de alguns meses das prestações devidas até a quitação de parte do saldo total dependendo do contrato.
Uso do FGTS para quitar o financiamento imobiliário
Para utilizar o FGTS, primeiramente é preciso ter saldo disponível para tanto.
Este benefício pode garantir o pagamento de até 80% do valor das parcelas por até um ano. Mas isto pode ser renovado pelo mesmo período de tempo.
Mas vale ressaltar, que a opção de usar o FGTS para pagar parte do financiamento imobiliário só é possível se as parcelas estiverem em dia. Ou seja, é preciso prever antecipadamente para poder usar este fundo.
Além disso, o mutuário não pode ter outro financiamento contratado pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
Congelamento de parcelas do financiamento de imóvel
Caso o financiamento do seu imóvel tenha sido firmado junto da Caixa Econômica Federal é possível que seja feito o congelamento das parcelas. Mas há regras a seguir.
- As parcelas precisam estar em dia para que o congelamento seja solicitado.
- É possível congelar parcelas por até um ano.
- É obrigatório que ao menos 24 parcelas tenham sido pagas.
- A dívida poderá ser de até 80% do valor total do imóvel.
Importante: com o congelamento das parcelas, o prazo para o pagamento final do financiamento não é estendido. O valor que foi prorrogado será adicionado às demais prestações faltantes até o fim do contrato.
Em suma, um financiamento imobiliário é muito mais do que ter a capacidade de pagar as prestações mensais. É preciso planejamento e atenção nas possibilidades caso você corra o risco de inadimplência. Com a instabilidade da economia decorrente da pandemia, os cuidados devem ser redobrados. Mas de forma alguma devem impedi-lo de realizar o seu sonho da casa própria.
Por isso, conte com os corretores da Imobiliária Tropical e garanta tranquilidade nas negociações e um financiamento imobiliário sem percalços.