Esta é a segunda parte das nossas dicas para dividir apartamento. Para ler a primeira parte do artigo, clique aqui.
Hoje vamos tocar na parte mais delicada para quem quer dividir apartamento com colegas ou desconhecidos: o relacionamento em si.
Muitos esquecem que ao dividir um apartamento ou uma casa existem, como nos condomínios, áreas comuns, ou seja, para o uso de todos. Só que elas estão dentro do próprio imóvel. Banheiro social, sala e cozinha são espaços “públicos” e todos são responsáveis por mantê-los.
É indiscutível que o seu quarto é o seu quarto. Assim como tudo o que está dentro dele: roupas, sapatos, objetos pessoais e móveis. E nele só entra quem for convidado ou se você der liberdade para isso. Mas no resto da casa, a conversa é outra. Vamos às dicas?
Respeite as áreas privativas, mas também as áreas comuns
É nelas que a interação entre pessoas acontece de forma mais intensa, por assim dizer. Por isso, nada de dominar a sala jogando video-game, monopolizar o fogão ou tomar banhos demorados se a casa dispuser de um único chuveiro.
Agora, se você acordou com vontade de brigar, abra a geladeira e sirva-se à vontade de tudo o que estiver lá dentro. É claro que não aconselhamos a fazer isso. O que deve haver, na verdade, é uma definição clara de alimentos de consumo comum.
Neste ponto é algo parecido com o que acontece nas famílias: o leite pode ser compartilhado, mas aquele iogurte natural light é do seu colega, e você não pode chegar nem perto! Ainda que haja tolerância e generosidade, cuidado com a bola de neve! Ao tomar algo emprestado, você dá liberdade para que façam o mesmo com você. E isso pode não acabar bem.
Perguntar e usar o bom-senso, neste caso, é melhor do que criar regras.
Cultive o bom relacionamento com as pessoas
Aqui temos duas situações. Pode acontecer de você morar com amigos de longa data, mas na convivência essa amizade começar a se deteriorar. Ou, ao contrário, pode ser que você more com completos desconhecidos, e a convivência evolua para grandes amizades. E podem haver outros arranjos possíveis nessas relações.
Não podemos prever o que irá acontecer. E nem mesmo você consegue. Mas é fato que sempre haverá um certo nível de desgaste. E isso precisa ser trabalhado constantemente.
O desafio é superado mais facilmente se vocês conversarem, falarem francamente sobre problemas e se colocarem no lugar do outro sempre que houver alguma “treta”.
Uma reclamação que parece justa para você pode não fazer sentido para o outro, e vice-versa. Quando isso acontece, é só a manifestação de um “ranço” que já vinha se acumulando e não foi colocado para fora enquanto era possível fazer isso de forma pacífica.
Quer um exemplo? O volume da música no seu quarto pode atrapalhar o estudo de seu colega no outro cômodo da casa. Vale a pena você se colocar no lugar dele e evitar o transtorno. Da mesma forma, da parte dele, vale te dar um toque amistoso de que o barulho está incomodando. E você não tem por que se irritar com isso. Já são duas chances de resolver algo sem estresse.
Ter uma convivência harmoniosa tem a ver com as regras e definição de tarefas, mas também tem a ver com essa capacidade de socialização. Isso não significa, no entanto, que uma pessoa tímida deva falar sem se sentir confortável com isso, ou que uma pessoa mais extrovertida deva se conter pra “não falar o que não deve”. Seja você mesmo, mas nunca desconsidere o outro.
Evite conflitos por causa de namorados e visitas
Seres humanos têm características bem específicas. Uma delas é a necessidade de se sentir em casa, literalmente. Em um ambiente cheio de desconhecidos, o desconforto é quase inevitável.
Gente demais em um espaço pequeno gera estresse. Por isso, tenha cuidado com as visitas. É meio óbvio, mas sempre importante lembrar: a casa não é só sua.
Conversem sobre isso para ficar bem claro o quanto cada morador se importa com a presença de outras pessoas e qual o nível de tolerância com a situação.
No caso de namorados ou namoradas é ainda mais delicado, pois eles passam a ser vistos pelos outros praticamente como novos moradores. E é natural que, nestes termos, eles devam contribuir financeiramente. Mas o melhor é sempre evitar que chegue a este ponto.
Visita que contribui com limpeza, alimentos ou até com o próprio aluguel pode até ser tolerada no início, mas logo alguém irá questionar se a presença de um novo “morador” estava mesmo nos planos do grupo.
Curtiu nossas dicas para dividir apartamento?
Além das dicas que mencionamos acima, podemos simplesmente acrescentar que, se você tiver alguma reclamação a fazer com a pessoa com quem divide seu novo lar, não precisa iniciar uma revolução. Basta uma conversa franca e cordial, numa boa!
E também prepare-se para manter seus pertences organizados. Nada de deixar roupas, óculos, acessórios, carteiras ou bolsas jogados pela casa. É a melhor forma de evitar a maior parte das confusões.
E falando em dividir, quer dividir com a gente suas experiências? Fique à vontade. Ah! E por falar em visitas, visite nosso site e encontre as melhores opções de imóveis. Quem sabe você não encontra um que seja perfeito para dividir com seus colegas?