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Mofo no imóvel alugado: o que fazer em tempos de Covid-19

mofo imóvel alugado

A pandemia de coronavírus (Covid-19) levantou debates sobre temas ligados à saúde e ao lar. Um deles é sobre o mofo nas residências, já que ele piora doenças respiratórias. Mas em um imóvel alugado, de quem é a responsabilidade para acabar com o mofo?

Quem já passou pelo problema de mofo no imóvel sabe como é desagradável eliminar o problema. Nesses dias em que só se fala em coronavírus, o assunto começou a gerar mais interesse, uma vez que mofos pioram a saúde respiratória.

Se o mofo que aparece em um imóvel alugado, pode desencadear outras implicações que nos fazem lembrar dos direitos e deveres de locadores e locatários.

Para que não haja agravante nessa situação, separamos algumas informações de como detectar o problema, eliminá-lo e manter a boa relação na locação do imóvel.

O que é o mofo?

O termo mofo é utilizado de forma ampla para definir o aparecimento de diversos fungos, pela alta umidade presente no local e baixa luminosidade ou ventilação.

É o principal responsável pelo aparecimento de manchas e maus odores, em superfícies variadas, como paredes, pisos, tapetes, móveis, roupas, etc. Podem causar bolhas na pintura das paredes e tetos também.

Muitas vezes, confundidos com os bolores, que são parte inicial do processo de aparecimento do problema. O mofo é mais difícil de ser retirado, e pode causar até mesmo danos estruturais no imóvel se não for adequadamente eliminado.  

O mofo revela um tom acinzentado, mas que pode partir dos tons brancos até os mais esverdeados, muitas vezes com odor nada aceitável.

Problema de saúde causados pelo mofo no imóvel alugado

Não é só o mau aspecto visual e o cheiro que fazem do mofo um inimigo da sua moradia. Ele pode desencadear diversas doenças respiratórias e agravar casos de alergia.

Algumas doenças que podem piorar o quadro de saúde dos moradores, por exemplo:

Em alguns casos, quando a imunidade do corpo está baixa, os fungos podem acelerar quadros mais complexos, como gripes e pneumonia. 

Importante também verificar, que é com o mofo que determinadas alergias que nunca apareceram, podem surgir.

Ou seja, todo cuidado é pouco com o mofo. Ainda mais no momento atual, já que pacientes com asma ou bronquite, por exemplo, agregam fatores de risco ao Covid-19.

Origem do mofo

Os fungos surgem, principalmente por decorrência de áreas com alta umidade, baixa luminosidade e ventilação.

Sendo assim, os espaços do imóvel que mais merecem atenção são a cozinha e o banheiro, por serem as áreas mais úmidas da casa.

Na grande parte das vezes, o mofo aparece devido ao clima da cidade, que contém altas taxas de umidade do ar (água no ar), e se cômodo não for bem arejado e iluminado, o problema certamente vai aparecer. Nesse caso, a manutenção do problema é o mais indicado.

Por outro lado, o problema pode decorrer de infiltração ou vazamento do sistema hidráulico do imóvel, e é aí que precisamos entender de quem é a “culpa”, quais os direitos e deveres de cada um. Vamos entender logo abaixo neste artigo, como proceder em cada caso.

Como eliminar o mofo no imóvel alugado

A manutenção do ambiente, de forma preventiva é a melhor opção para locais com alta umidade do ar. Se houver moradores com problemas respiratórios, redobre os cuidados.

Manter as áreas limpas e bem higienizadas ajudam na eliminação dos fungos, mas não é só isso. 

É indicado utilizar produtos efetivos para eliminar o mofo, como a água sanitária, por exemplo, sempre passando uma esponja ou bucha para eliminar mecanicamente as manchas e partes dos fungos.

Outras dicas importantes:

Utilize desumidificadores no ambiente ou ar condicionado;

Posicione os móveis afastados das paredes;

Vinagre com limão também ajudam, com uma parte da solução para duas de água;

Para as roupas, já há no mercado, diversos produtos anti fungos, para colocar dentro de guarda-roupas.

E para casos mais graves?

Se o problema do mofo é intermitente, e a manutenção não consegue dar conta de eliminá-lo de uma vez, busque soluções mais agressivas.

Talvez você precise impermeabilizar paredes e contar com a ajuda de uma empresa especializada.

Por vezes, será necessário remover toda a argamassa e tinta da parede e aplicar um impermeabilizante. Só assim, a parede poderá ser pintada novamente.

E se o problema do mofo decorrer de infiltração? Quem paga a conta?

Vamos imaginar a situação, que você alugou um imóvel, tudo estava ok na hora de fechar o contrato, porém com a utilização do mesmo, o mofo apareceu por decorrência de uma infiltração. Quem deve resolver o problema? Posso pedir o cancelamento do contrato?

Em primeiro lugar, é importante salientar que você deve avaliar muito bem o imóvel antes de fechar o contrato. Veja se ele já conta com aspectos de mofo ou infiltração, se é um local arejado, iluminado. Converse com vizinhos e veja se está tudo ok com eles também.

Em segundo lugar, a pressa no fechamento do contrato pode gerar dores de cabeça, e você será obrigado a pagar multa caso queira sair antes do prazo acordado.

Porém, em casos extremos, o inquilino poderá devolver o imóvel antes do prazo final. E a infiltração que cause mofo, pode ser um desses, por exemplo.

Se o imóvel deixar de ser habitável, por  problemas que comprometam a saúde do morador, ele pode desistir do contrato.

Infiltrações que causam fungos nas paredes e teto, bem como problemas estruturais. Esses são exemplos que podem justificar a devolução do imóvel.

Mofo no imóvel alugado, a relação: locador e locatário

Esta deve ser uma relação de transparência. Todas as informações devem ser passadas de forma clara. Ou seja, todas as possíveis ocorrências devem estar bem listadas e definidas em contrato.

É de responsabilidade do proprietário fornecer todos os dados para que o inquilino possa fazer a escolha sem erros, e evitar transtornos futuros.

Conclusão

Da mesma maneira que um proprietário não pode ser responsabilizado por uma intempérie da natureza frente ao imóvel. Por exemplo, o mofo decorrente apenas pelo clima também não.

É de responsabilidade do inquilino manter o imóvel sem mofo e bem cuidado, tendo em vista que há várias maneiras de tratar e manter o problema sanado. Afinal de contas, o imóvel não foi alugado com mofo.

Já nos casos de infiltração ou problema estrutural, o surgimento do mofo é de responsabilidade do dono do imóvel.

Neste caso, o proprietário é que deve solucionar o problema. Ou, garantir que o inquilino não pague qualquer tipo de multa ao cancelar o contrato, ainda sob pena de sofrer indenização.

O inquilino deve formalizar uma comunicação por escrito ao proprietário para oficializar o problema em questão.

Por fim, para saber mais sobre seus direitos e deveres, acesse a lei 8.245/91 que dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a elas destinados.

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